quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O que me chateia é que ainda não consigo pressentir o futuro. Sinceramente, não faço mínima ideia para onde vou ou o que irei fazer da minha vida, em especial a via profissional.

Sinto-me completamente inerte. Não tenho a motivação de outrora para ir procurar trabalho como uma leoa. Cansada de procurar. Com medo de me atirar para o desconhecido, falta de confiança das minhas capacidades.

Sinto-me bem reclusa.

Intuo que ainda tenho muita coisa a resolver comigo mesma em especial a preguiça, o comodismo, o medo, a raiva, a gula, tenho opinião que necessito de retirar isto do meu sistema, mas receio de o praticar, como se fosse ficar um vazio e eu não o saberia como o preencher. Tenho consciência do que me faz bem e o que me faz mal, mas falta-me a disciplina e a coragem de ir em frente com essa mudança profunda.

Só me faria bem.

Libertar-me-ia de todo, de um complexo jogo de energias densas que albergo em mim. Que sinto, me estão a sufocar.

Hoje decidi duas coisas. Uma má, outra boa.

A má decisão foi ir comer fora.

A boa decisão foi desligar a televisão e ouvir música clássica, ler e escrever.

A televisão toma muito do meu tempo. Fico esgotada, com os olhos cansados, não penso, não raciocino, em suma o cérebro transforma-se numa papa. E ainda por cima tenho uma tendência preocupante de me deitar muito tarde. Tenho de começar a deitar-me cedo e a levantar-me cedo, desperdiço muito do meu tempo assim.

Tenho necessidade de estar cada vez mais ligada à terra, ir passear para bosques sozinha, sentir o nascer do sol, sentir o pôr-do-sol sentir a terra húmida por debaixo dos meus pés, sentir a TERRA através do meu corpo! Redescobrir-me assim: nua, pura…

Sentir-me em uno com a terra, viver de acordo com a terra, apanhar sol. Curar-me com a terra, só comer produtos biológicos, deixar para trás a carne definitivamente, refrigerantes e coisas que só fazem mal. Mas, não faço nada disto. Não ajo de acordo com a minha intuição, de acordo com o meu ser. E depois, claro, queixo-me como estou infeliz e inerte… pudera! Não estou a fazer aquilo que realmente Eu sou, só estou a fazer aquilo que o meu Ego quer. É Não fazer nada.

O Universo está a dar-me uma oportunidade, que é ter tempo para mim própria. E tenho de começar a atinar com as minhas próprias regras de maneira a sair deste marasmo. Ao tempo que não vou a Sintra… que saudades. E ir à serra sozinha, então, acho que nunca o fiz. Vergonha. Tenho de experimentar, para quê ficar à espera. Esse também é um problema, é o facto de adiar o óbvio. O que é chato. E só me está a atrasar a vida.

Hoje de manha presenciei uma tempestade que aos anos que não tinha o privilégio de sentir e assistir, com uns trovões e relâmpagos absolutamente maravilhosos, fortes, turbulentos, como se fossem partir o Mundo ao meio. É incrível o poder do Universo, foi como se fosse um aviso, uma mensagem de que somos uma gota de orvalho numa poderosa árvore. Frágeis e pequeninos.

Amei.

Libertador.

Precisamos de mais tempestades assim que façam abanar o nosso cerne que nos façam acordar para o que realmente interessa. O Ser.

Estava um cheiro incrível, o ar estava limpo fresco, podia-se respirar, ser, vibrar, orar!
Quem dera que o mundo voltasse a ser sempre assim.

A Luz, não sei descrever, é como se iluminasse a alma de todas as coisas, brilhante, vibrante, vivo! Uma experiência única. Que haja mais tempestades assim, que consigam desvendar a verdadeira natureza de todas as coisas, Ámen.

1 comentário:

Anónimo disse...

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